Faculdade de Medicina - Universidade Federal da Bahia

Boletim Informativo -  Ano 1 - No. Especial


Notícias
Apresentação

A Faculdade de Medicina vem sofrendo as consequências das adversidades financeiras vivenciadas pelas IFES, das quais não escapa a Universidade Federal da Bahia. Como resultado, vem a Unidade sendo suprida através de verbas insuficientes para assegurar a sua satisfatória manutenção e permitir os necessários investimentos.
A solução encontrada pela Diretoria foi a de buscar parcerias e demandar apoio e colaboração externos como forma de viabilização de projetos que têm possibilitado a realização de intervenções físicas e acadêmicas na Faculdade. Aí se incluem, dentre outros, a completa reforma da biblioteca, a criação do NAPES e a aquisição de equipamentos para as salas de aula.
Pessoas e entidades públicas e privadas têm sido sensíveis aos apelos que lhes vêm sendo encaminhados através de contribuições financeiras concedidas à FAMED, consubstanciadas em verbas repassadas sob forma de convênios, projetos, emendas parlamentares, etc.
Deste conjunto entendeu a Faculdade que, pela especial disponibilidade e atenção a ela dedicados, três se sobressaíram e se destacaram como personalidades que, pelos serviços a ela prestados, são credoras de uma homenagem especial a ser prestada, em caráter particular, através da edição deste número especial do e-FAMED que intencionalmente coincide com o período natalino.
Trata-se da Dra. Cleilza Ferreira Andrade, Diretora Geral da FAPESB (Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Bahia), do Deputado Federal Walter Pinheiro e do Dr. Renilson Rehem de Souza, Secretário de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde.
A eles a Faculdade rende o pleito de gratidão ao tempo em que conserva expectativas favoráveis em relação a novos e futuros empreendimentos que, em consonância com o espírito público por eles evidenciado, possam voltar a ser concebidos, ampliados e implementados.

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Através do endereço efamed@ufba.br você pode enviar notícias, divulgar eventos ou solicitar o recebimento do boletim.
Expediente

e-famed
Formato e edição:
Márcio Alírio Silveira e Márcia Magalhães Guimarães
Redação:
Alfredo Macedo Costa

Faculdade de Medicina
Av. Reitor Miguel Calmom, s/n Vale do Canela,  Salvador - Bahia, CEP 40110100. Tel/fax.: 2458562.

 

 

Notícias

Cleilza Andrade

A FAPESB (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia), Órgão recentemente criado pelo Governo do Estado e vinculado à Secretaria de Planejamento, Ciência e Tecnologia, tem como sua Diretora Geral, a Dra. Cleilza Ferreira Andrade, profissional competente, qualificada e perfeitamente ajustada, pela sua trajetória técnica, ao cargo que ora exerce.

Licenciada em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA em 1969, realizou mestrado em Ciência (Msc) com concentração em Estrutura e Organização de Ciência e Tecnologia na Victoria University of Manchester, Inglaterra, em 1981. Em nível de pós-graduação participou ainda de vários outros cursos com destaque para "Planejamento e Administração de Sistemas Educacionais" da Fundação Getúlio Vargas e "Metodologia de Pesquisa Educacional", da Cenafor/USP, São Paulo. Como atividades de Extensão e Aperfeiçoamento, devem ser destacados os seguintes cursos: Contratos de Transferência de Tecnologia -Ado/Finep/Copead - UFRJ, Rio de Janeiro; Inovação tecnológica: Interação entre os setores produtivos e de pesquisas nacionais - Finep/CNPq/PNUD/OEA; Administração de pesquisas científicas e tecnológicas, na USP; Metodologia em Ciências Sociais - Instituto de Ciências Sociais - UFBA.

A Dra. Cleilza é Conselheira do Conselho Universitário da UFBA, membro suplente do Forum Nacional dos Secretários Estaduais - para assuntos de ciência e tecnologia, Secretária Executiva do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia, dentre outros, já tendo exercido os cargos de Coordenadora de Unidade da Coordenação de Assuntos Municipais - Secretaria de Governo; Consultora da Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão (FAPEX) da UFBA; Coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica da Bahia - Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CEPED); Gerente de Projeto do CEPED; Assessora da Assessoria Setorial de Programação e Orçamento (Aspo) da Secretaria da Educação e Cultura do Estado.

Deve-se destacar também a sua atuação e participação em seminários, ciclos e simpósios, além de atividades realizadas em traduções de textos, bem como em publicações diversas, teses e monografias.

Consultora autônoma para trabalhos de Pesquisa Social, Marketing Político e Pesquisa de Mercado, a Dra. Cleilza exerceu o cargo de Superintendente da Superintendência de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CADCT/SEPLANTEC) de 1997 a 2002, quando, a partir do mês de fevereiro, passou a exercer a Diretoria Geral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB/SEPLANTEC), cargo que, com eficiência e produtividade, vem exercendo até hoje.

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Renilson Rehem de Souza

Entre um homem e as suas origens pode haver uma longa estrada. Um pouco da estrada de Renilson Rehem de Souza nos mostra uma trajetória clara de rumo definido. Vale a pena segui-la.

O trecho inicial parte do Aribicé, sertão do sertão, vizinho do palco do Conselheiro, onde nosso cabloco fez-se vivo, e vai até Salvador, onde chegou como estudante do Colégio Central da Bahia. Nâo tinha dinheiro, o pai, Roque, lhe dava dois passes de ônibus e o dinheiro do acarajé, merenda que preenche o bucho e exorciza a fome por muito tempo. A malha fina do vestibular não conseguiu retê-lo, não o excluiu. Filtrou-se por ela e infiltrou-se numa elite: estudante de Medicina da UFBA em 1970.

No primeiro ano queria ser cirurgião. Mas, já no ano seguinte, cursou uma disciplina oferecida pelo Departamento de Medicina preventiva intitulada Organização e Administação Sanitária cujo conteúdo claro e flúido dissolveu definitivamente um futuro entre éteres e bisturis. Meteu na cabeça, então, que queria ser administrador hospitalar. Nunca se envolveu com assistência médica primária, fez internato hospitalar, concentrou esforços e, lépido e matreiro, terminou por graduar-se seis meses antes do resto da turma. Era o ano da graça de 1975.

Olho vivo nas oportunidades, foi imediatamente contratado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Queria aprender a formar gente, o insumo básico de um bom serviço de saúde. Mandaram-no para o Ceará, por seis meses, para um curso sobre recursos humanos promovido pela OEA. Voltou e integrou-se ao exercício árduo de ser sanitarista a soldo do Estado. Sonhos de academia confrontados com a realidade de uma disponibilidade de recursos sempre rala e minguante, com os viéses políticos quase sempre distorcendo as indicações técnicas, com a miopia e a insensibilidade dos governantes. Sertanejo obstinado, sempre soube extrair desta mixórdia, proveito e concórdia. Neste trecho da vida começou, na prática cotidiana, a aprendizagem de como se dá a gestão estatal da saúde comunitária no Brasil.

Num trecho mais além da sua estrada, Waldir Pires na pasta da Previdência, nosso cabloco passa a gerenciar as ações federais na área da saúde no Estado da Bahia: torna-se Secretário Regional de Medicina Social do extinto INAMPS. Era o ano de 1985, impregnado ainda dos humores do ano anterior: as diretas já, o clamor popular por liberdade civil, o anseio e a esperança de mudança de um país sufocado durante vinte anos pela estreiteza mental, violência e prepotência usurpadora da caserna de então. Dois anos depois, Waldir Pires governando a Bahia, Renilson volta à Secretaria de Saúde do Estado, de onde esquadrinha a realidade médica e aperfeiçoa o entendimento das regras do jogo, tentando sempre fazê-lo pender para o lado de quem depende unicamente da medicina estatal: o povo carente. Sabe que não se pode ganhar sempre: concede quando não há espaço de negociação, avança quando o encontra.

A esta altura, seu acervo pessoal de informações e sua capacidade operativa, temperados pelo bom senso inato e pela paciência sertaneja de quem sabe longa a espera da chuva, o tornam um profissional de administração de saúde reconhecido e cobiçado. Um contato longínquo, feito ainda no seu tempo de estudante com o grupo italiano que mantem o Hospital São Rafael em Salvador, resulta num convite para exercer parte da administração hospitalar daquela entidade. Aceita, se transfere para a esfera privada da área de saúde, entende suas regras e muitas das suas exceções e, por oito anos (1990-1998), ajuda a realizar e a consolidar um hospital privado moderno com tecnologia de ponta.

Em 1998, o Ministério da Saúde o convoca, assim como a diversos profissionais de outros estados do Brasil, para um entrevista oficial. Selecionavam quem deveria ocupar o posto de Secretário de Assistência à Saúde. Nosso cabloco foi a Brasília e de lá voltou com a certeza de não vir a ser o escolhido. Dias depois, estava empossado. Ratificado e consolidado pela sua competência, lá permanece até hoje. De lá, usou sempre dos meios e recursos disponíveis para apoiar projetos meritórios oriundos de setores vários, assistenciais e acadêmicos, apresentados por seus colegas da Bahia. Muita gente lhe devota um agradecimento reconhecido e sincero.

Renilson não é um técnico frio. É um ser humano interessante e original. Cozinheiro de iguarias, habil com um baralho nas mãos, pé de valsa leve e ligeiro, teve o bom senso de aumentar a população feminina deste mundo: tem 4 filhas e uma neta. Diplomático, encomendou um neto arisco que valhe por vários. Grande harmonizador conciliatório, não é do tipo que fermenta mágoas ou induz rancores. Sua inegável modéstia não é uma estratégia de relações públicas. Ela é fruto de natural simplicidade. Além disto, Renilson suportou reveses dolorosos e perdas inesperadas dilacerantes sem tornar-se palco da amargura, o que revela um invejável equilíbrio entre coração e mente.

Por tantos motivos, nós, os que somos seus amigos, nos regozijamos em sê-lo. Um forte abraço, Renny Boy!

Emilio Silva

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Deputado Walter Pinheiro: apoio no Parlamento para a FAMED

Entre os parlamentares que têm demonstrado sensibilidade para com as causas da FAMED, destaca-se o Deputado Walter Pinheiro sobretudo pelas vitórias alcançadas e concretizadas em relação à aprovação de emendas. Além de ter participado de forma decidida e constante do apoio à concessão de emendas de bancada para a UFBA, ainda conseguiu duas outras de caráter individual para a Faculdade de Medicina.
Walter Pinheiro (43 anos) é técnico em telecomunicações pela Escola Técnica Federal. Iniciou sua carreira política em 1992, quando foi eleito vereador de Salvador, assumindo, na época, a liderança da bancada do PT.

Ao longo daquele mandato foi considerado o melhor parlamentar da cidade pelos jornalistas que faziam a cobertura e acompanhavam as atividades da Câmara. Viera a ser reeleito em 1996 com quase 6.550 votos, sendo o mais votado dentre os parlamentares do PT que concorreram àquele Colegiado. No início de 97 abdicou do mandato para assumir, pela primeira vez, a vaga de Deputado Federal para a qual foi sucessivamente reconduzido em 1998 e em 2002, desta vez na condição de quinto Deputado mais votado no Estado da Bahia.

O trabalho parlamentar de Pinheiro tem sido reconhecido por entidades de crédito como o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) que há cinco anos o inclui entre os 100 "cabeças" do Congresso Nacional, isto é, entre aqueles que têm capacidade e competência na condução de debates, negociações, votações, articulações e formulações. No ano passado, o jornal Folha de São Paulo publicou uma avaliação geral dos parlamentares e o classificou como "muito atuante".

Atualmente Pinheiro é vice-líder do PT na Câmara e membro-titular da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. Há razões suficientes para que a FAMED guarde favoráveis expectativas na continuidade do empenho e do apoio daquele parlamentar na defesa dos interesses e dos justos pleitos da Faculdade no Governo Federal.

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