Internato em Medicina Social
Área de Saúde Coletiva
MED-242

Teórica:
Prática:
Total:

Ementa

Práticas de Medicina Social e Saúde Pública a serem realizadas, sob a forma de treinamento em serviços para alunos do 5º ano do curso médico, nas áreas de Epidemiologia, de Planejamento, Administração, Organização e Gestão de Serviços e de Educação em Saúde.

As concepções e os instrumentos da Medicina Social/Saúde Pública a serem trabalhados no Internato são aqueles considerados necessários à formação geral do médico, de acordo com o perfil definido nas “Diretrizes curriculares nacionais do curso de Graduação em Medicina”.

Objetivos

1. Compreender os determinantes sociais do processo saúde-doença e da organização dos serviços de saúde no exercício das atividades práticas.

2. Realizar práticas de promoção, prevenção e de proteção à saúde, desenvolvidas de modo interdisciplinar e multiprofissional.

3. Realizar práticas de educação em saúde visando:

a) promover modos de vida mais saudáveis, nos planos coletivo e individual;

b) ampliar a consciência sanitária das comunidades atendidas, na perspectiva da construção de cidadania plena.

Desenvolver práticas de medicina social/saúde pública, nos diferentes níveis do sistema público de saúde, no âmbito municipal:

a) realizar, sob supervisão, ações básicas de atenção à saúde, com prioridade ao atendimento de grupos específicos: populacionais (crianças, adolescentes, mulheres, idosos, trabalhadores), de determinados agravos (hipertensos, diabéticos );
b) executar ações de vigilância epidemiológica, vigilância sanitária e ambiental;
c)participar das atividades de planejamento, programação, avaliação, gestão e organização de serviços.
Operacionalização

1. Cooperação técnica entre a UFBa/FAMED/DMP e Prefeituras Municipais

Os estudantes desenvolvem o treinamento em municípios do estado da Bahia que contam com equipes do Programa de Saúde da Família -PSF

Os municípios foram selecionados a partir de critérios previamente estabelecidos pelo DMP, como:

  • Interesse das autoridades sanitárias pelo programa;
  • Prioridade dada à Saúde pelo Município;
  • Compromisso com o desenvolvimento do SUS, conforme as diretrizes constitucionais, em especial a prioridade por um modelo público de atenção integral;
  • Grau de participação social no município.

As Prefeituras municipais devem garantir os campos de estágio: serviços de atenção primária e, trabalhos com as equipes do Programa de saúde da Família (PSF) e dos Agentes Comunitários de Saúde (PACS) , com as comunidades organizadas, instâncias de gestão do sistema dentre outros.

Outro compromisso será o de fornecer transporte, alimentação e hospedagem para os alunos no campo de estágio, quando necessário.

Os municípios de Vitória da Conquista, Alagoinhas e Lauro de Freitas estão participando do programa, com compromisso firmado através da assinatura do convênio de cooperação com a FAMED. Com a recente assinatura de convênio de cooperação técnica entre a UFBA e a Prefeitura de Salvador, passamos a contar também com este município a partir de março de 2005.

2. Coordenação e Supervisão

A Coordenação do internato em Medicina Social é exercida por um professor do Departamento de Medicina Preventiva (DMP). A Supervisão geral é feita pelo DMP em visitas aos locais onde se realizam as práticas do Internato, para acompanhamento das atividades junto com o professor/supervisor local.

3. Avaliação

A avaliação do desempenho do aluno será feita nas supervisões, envolvendo o docente, o aluno e a equipe de saúde local com a qual trabalhou. Serão considerados nesta avaliação:

  • Plano de trabalho a ser desenvolvido junto com as equipes durante o período do internato;
  • Relatório individual de acordo com o roteiro fornecido;
  • Apresentação da síntese do trabalho em equipe por município, no seminário final, com a presença de todos os internos e docentes;
  • Ter freqüência e compromisso no desenvolvimento das atividades;
  • O aluno que não obtiver média para aprovação , deverá repetir o período de acordo com as normas gerais do internato aprovadas pelo colegiado do curso.
  • Os internos também deverão avaliar o internato e os docentes de acordo com a planilha de orientação.
4. Atividades/Plano de trabalho 

Os internos deverão desenvolver atividades preparatórias em Salvador em média durante 1 semana. Em seguida deverá desenvolver atividades no sistema municipal de saúde, através de sua inserção em uma das equipes de Saúde da Família (PSF), durante um período médio de 9 semanas (ver cronograma para cada grupo), tendo como objetivos:

  • O conhecimento da população e do território da sua área de referência;
  • O conhecimento dos principais problemas de saúde e dos serviços de saúde da área e seus determinantes.

O acompanhamento e a inserção nas equipes de saúde da família implicará na realização de atividades que compõem a agenda de trabalho do grupo:

  • Imunização em situação de rotina e campanha;
  • Investigação epidemiológica
  • Identificação de situações e/ou fatores de risco para a saúde da população (vigilância sanitária, ambiental, incluindo ambientes de trabalho)
  • Práticas de educação em saúde em comunidade e/ou unidade de saúde
  • Execução de ações básicas voltadas a pacientes portadores de doenças crônicas (diabetes, hipertensão, hanseníase etc.)
  • Busca de faltosos dos diversos programas e visitas domiciliares
  • Acompanhamento de gestantes (pré-natal), crianças (crescimento e desenvolvimento) e idosos.
  • Participação em atividades de atualização e/ou treinamento dos agentes comunitários de saúde e equipes do PSF
  • Atividades coletivas de promoção à saúde bucal
  • Participação em reuniões dos Conselhos locais e municipal de saúde
  • Realização de encaminhamentos e orientações na rede de serviços, identificando as relações entre os níveis de atenção à saúde e suas competências.
  • Participação em atividades na sede da secretaria municipal de saúde ou centros de referência do sistema local

È importante que o aluno elabore sua própria agenda junto com a equipe, para que possa desenvolver atividades com todos os componentes (médico, enfermeira, dentista, auxiliar de enfermagem e agentes comunitários nas diferentes áreas) e não ficar restrito ao acompanhamento das consultas médicas.

O docente/supervisor local deve elaborar e coordenar seminários semanais. Sugerimos que os seminários sejam agendados para um horário fixo semanal onde todos os internos e também membros das equipes do PSF possam participar. Pode ser uma oportunidade de educação continuada nos serviços com a colaboração dos internos.

4. Contatos importantes e docentes de referência

SMS/ALAGOINHAS 75-4225222
Prof. Substituto: Washington Abreu 75- 99715409 (wladj@uol.com.br )

SMS / VITÓRIA DA CONQUISTA 77 – 424 8940
Prof. Substituta: Karine Brito: 77-4210396/ 99660014 (kbrito1@ig.com.br)

SMS/ LAURO DE FREITAS 71-2888728
Profª Mônica Angelim 71- 3441415 / 99643196( monicangelim@terra.com.br)

SMS/ SALVADOR 71- 36111000
Prof. Lorene Pinto 71 – 245 0994 / 9144-7530 (lorene@ufba.br)

6. Temas para ps Seminários nos Municípios

Os temas sugeridos foram considerados levando em conta a sua relevância para a formação de médicos generalistas, por tratarem de questões referentes a problemas de elevada freqüência na população brasileira e baiana, ou relativas à organização do sistema de saúde ao qual a grande maioria estará inserida como profissionais. Outros temas poderão surgir a partir do trabalho com as equipes.

  • Vigilância Epidemiológica de doenças e agravos.
    1. Tuberculose
    2. Hanseníase
    3. Dengue
    4. Leptospirose
    5. Meningites
    6. Raiva Humana
    7. Tétano
    8. Vigilância do óbito materno
    9. Vigilância do óbito infantil
    10. Doenças relacionada ao trabalho, que sejam relevantes na área de atuação
  • O PSF e o território
  • Ações básicas de Vigilância sanitária (em creches, farmácias, etc.)
  • O controle social, o Conselho municipal de saúde e os conselheiros.

7. Referências Bibliográficas

  • UFBA/FAMED/DMP; Caderno de textos do Internato em Medicina Social, 2004.
  • BRASIL, Fundação Nacional de Saúde. Guia de vigilância epidemiológica 5 ed.Brasília, FUNASA,2002.

8. Cronograma

As turmas são divididas em grupos pelo colegiado de curso e encaminhadas ao departamento

TURMA 2000.2 TURMA 2000.1

Grupo 1 21/02/05 a 01/05/05
Grupo 2 02/05/05 a 11/07/05
Grupo 3 12/07/05 a 18/09/05
Grupo 4 19/09/05 a 27/11/05
Grupo 5 28/11/05 a 05/02/06

31/05/04 a 02/08/04
03/08/04 a 12/10/04
11/10/04 a 19/12/04
20/12/04 a 03/03/05
28/02/05 a 07/05/05

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