HISTÓRIA DA MEDICINA | artigo 23 |
Memória Histórica do Colégio Médico-Cirúrgico da Cidade da Bahia (1815-1832) | |
Dr. Antonio Carlos Nogueira Britto Vice-presidente do Instituto Bahiano de História da Medicina e Ciências Afins Fundado em 29 de novembro de 1946 |
|
Parte I | |
Prolegômenos cronológicos. Notícias breves para referir os principais sucessos e salientar as pessoas mais notáveis da cidade da Bahia desde o ano do surgimento da primeira gazeta publicada nesta capital, em 14 de maio de 1811, A Idade d’Ouro do Brazil, a segunda folha impressa no Brasil, até 29 de dezembro de 1815, quando foi criado o Colégio Médico-Cirúrgico desta cidade. |
|
Parte II Memória Histórica do Colégio Médico-Cirúrgico da cidade da Bahia (1815-1832) |
|
Exposição histórica, narrada por miúdo, exata e fielmente fundamentada em fontes manuscritas primárias e inéditas, raras e preciosas, desde o estabelecimento do Colégio Médico-Cirúrgico da Cidade da Bahia, no dia 29 de dezembro de 1815, estendendo-se a narrativa dos épicos sucessos do dito “Collegio” até a instituição da Faculdade de Medicina da Bahia, sancionada pelo decreto de 3 de outubro de 1832. | |
Parte I PROLEGÔMENOS CRONOLÓGICOS ANO DE 1811 |
|
Na terça-feira, 14 de maio de 1811, começava a circular o número 1 da gazeta Idade d’Ouro do Brazil, impressa na “Typographia de Manoel Antonio da Silva Serva”, segundo jornal dado a lume no Brasil, antecedido apenas pela Gazeta do Rio de Janeiro, que já era publicada desde 1808. Seu fundador e proprietário era natural de Villa Real e comerciante em Lisboa. A sobredita tipografia, localizada no morgado de Santa Bárbara, na freguesia da Conceição da Praia, teve permissão para funcionar pela carta régia datada de 5 de fevereiro de 1811 e despachada em 11 de abril por D. Marcos de Noronha e Britto, 8º Conde dos Arcos , Governador e Capitão General da Capitania da Bahia. O Conde dos Arcos nomeou o professor José Francisco Cardoso de Morais, a 15 de janeiro de 1812, censor da pioneira gazeta. O jornal Idade d’Ouro do Brazil circulava duas vezes por semana, às terças e sextas-feiras e seus assinantes pagavam pela subscrição, até 31 de dezembro de 1811, a quantia de 8$000. A assinatura anual para o ano seguinte custava 7$200; a do semestre foi fixada em 4$000 e a trimestral em 2$400. O preço para os anúncios foi estabelecido em 100 réis por linha. A dita gazeta circulou de 14 de maio de 1811 a 24 de junho de 1823. O jornal trazia estampada as Armas de Portugal entre as palavras do título, no formato maior, IDADE e D’OURO e sobre as palavras DO BRAZIL, em formato menor. Como epígrafe, sob o nome da gazeta e sob a data, estavam impressos os versos de Sá, e Miranda: “Fallai em tudo verdades São as seguintes as duas primeiras notícias internacionais,
impressas na primeira página do “Num. 1”, do jornal
sobredito: |
|
“GRAMBRETANHA. / Londres
10 de Fevereiro de 1811. / Quarta feira 6 do corrente teve lugar
a Ceremonia da installação do Principe de Galles em Regente
da Gram-Bretanha por virtude de um acto do Parlamento, que em consequencia
do estado de molestias do Rei seu Pai Declarou que áquelle Principe
pertencia a Regencia dos Reinos Unidos em Nome, e com o consentimento de
SUA MAGESTADE BRITANICA. Na folha = The Courier = de Sabbado 16 de Fevereiro se leem dois interessantes artigos da tomada de Batavia, e da Ilha de Banda estabelecimento Holandezes na Asia, que ainda pertubavão a tranquilidade absoluta da Gram-Bretanha naquelles mares. O primeiro he huma conjectura deduzida de hum Officio do General Abercromby o Conquistador da Ilha de França; mas o segundo he Official confirmado até pela sahida do Governador, e Magistrados da Ilha do Principe de Galles para a conquistada Ilha de Banda.” |
|
“HESPANHA. /Cadiz 5 de Março./ Nas Gazetas extraordinarias da Regencia desse dia vem insertos hum Officio de D. Manuel La peña General em Chefe interino do quarto Exercito, em que participa ao Chefe do Estado Maior General a tomada pelo Exercito do seu Commando do interessante ponto de Casas Viejas, e a de Berguer pelo Coronel Aymerich; Hum aviso do Telegrapho de Sancti Petri de se ser tomado sem ser disparar hum tiro; E a participação verbal da derrota do Exercito Francez com perda de 5 peças d’artilharia, bastantes prizioneiros, e hum General, mandada pelo Generel em Chefe D. Manoel La peña ao Conselho da Regencia.”/ “... ... .../ ” | |
Domingo, 4 de agosto – Nesta data, foi inaugurada a Biblioteca Pública da Bahia. O jornal Idade d’Ouro do Brazil, a respeito do acontecimento, anunciou na edição de 4 de agosto de 1811, a venda, ao preço de 160 réis, da impressão do “DISCURSO /RECITADO/ NA SESSÃO DE ABERTURA/ DA LIVRARIA PUBLICA DA BAHIA/ NO DIA 4 DE AGOSTO DE 1811/ POR SEU AUTOR/ P.G.F.C ./ - (1). / (Pequeno ornamento tipográfico) / BAHIA:/ NA TYPOGRAPHIA DE MANOEL ANTONIO DA SILVA SERVA./ Com as licenças necessarias.” Em fins de 1811, foi impresso o “ALMANACH/ PARA/ A CIDADE DA BAHIA/ ANNO 1812” na tipografia de Manoel Antonio da Silva Serva, com as licenças necessárias. A edição de 17.12.1811 do jornal Idade d’Ouro do Brazil, consignava: “Sahio á luz o Almanach da Cidade da Bahia para o anno de 1812. Vende-se na Loja da Gazeta por 1$000 em Broxura.” A respeito da sobredita Livraria Publica, informa o mencionado “Almanach”, nas páginas 235-238: “LIVRARIA PUBLICA/ Estabelecida no Collegio dos extinctos Jesuitas”./ - “Este util estabelecimento foi lembrado pelo Erudito Pedro Gomes Ferrão, que traçou as primeiras linhas do Plano da sua creação, o qual tendo sido benignamente acolhido, e poderosa, e eficazmente auxiliado pela Sabedoria de S. Excellencia o Senhor Conde General, mereceo tambem a Augusta, e Graciosa Approvação de S. A. R.” “Directores, e Administradores das Subscripções Voluntarias que se destinão para fundo da Bibliotheca publica.” “Pedro Gomes Ferrão. Ao Maciel N. 8. “São eleitos annualmente a pluralidade de votos dos Subscriptores.” “Secretario. “A Livraria está aberta ao publico em todos os dias de manhã, e de tarde, excepto nas Quartas feiras.” “Redactor da Gazeta. “Tem mais 6 aprendizes da Composição, 4 Serventes
dos Prélos, todos habilitados desde o estabelecimento da Officina,
e hum Encadernador.” Hospital Real Militar da Bahia. - (3) No ano de 1811, trabalhavam no Hospital Real Militar da cidade da Bahia os seguintes empregados: “Inspector. Capellão. “Provedoria da Sau’de.” Era a Provedoria da Saúde administrada pelos seguintes funcionários: “Provedor. Casa da Santa Misericórdia “Meza da Misericordia” Medicos do Partido.
“Debaixo da Administração da Casa da Misericordia está não só o Hospital de S. Christovão da Caridade, e a Casa dos Expostos, mas tambem o Recolhimento das mulheres honestas que instituio e dotou João de Matos Aguiar, e que se acabou pelos annos de 1714, governando o Vice-Rei Marquez de Angeja, tendo sido concedida a Provizão para a sua fundação em 21 de Março de 1702.” “Numero dos Doentes,
Entrarão Homens....................................694 Sahirão curados.......................................529 Número dos Expostos em todo o dito tempo. Lançarão-se na roda............................... 103 “Hospital Real de S. Christovão dos Lazaros”. “Este benefico estabelecimento he devido á lembrança, actividade, e zêlo do Governador, e Capitão General D. Rodrigo José de Menezes, que lançou os seus primeiros fundamentos no anno de 1874. Para a sua manutenção se applicárão, não só os rendimentos que tirassem do predio rústico em que está edificado, e que fôra dos extinctos Jesuitas, mas tambem o liquido do rendimento annual do Celeiro Público creado pelo mesmo tempo, e de que já fizemos menção.” “Inspector. “Ha ordinariamente no Hospital de 70 a 80 doentes.” “Juízo do Proto-Medicato (7)
“Juízo do Proto-Medicato Delegado do Cirurgião Mór do Brazil. Escrivão privativo da Cirurgia. “Medicos residentes na Cidade.” “Alexandre José da Cruz. Ao Pilar N. 44. Cirurgiões Approvados. Alexandre Nogueira. S. Raimundo N. 10.
“De Anatomia, e Operações Cirurgicas.” “De Cirurgia especulativa, e pratica,
Cf. “ALMANACH /PARA/A CIDADE DA BAHIA / ANNO 1812 / BAHIA – Na Typ. de Manoel Antonio da Silva Serva./ Com as licenças necessarias.” – CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA, SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA DA BAHIA, 1973 – 150 ANOS DA INDEPENDENCIA DA BAHIA – Cidade do Salvador, 1973 – Nota introdutória de Renato Berbert de Castro - Reprodução facsimilar. (Do acervo da biblioteca particular do Autor). |
|
ANO DE 1812 | |
A edição de 10 de abril de da folha Idade d’Ouro do Brazil anunciava a venda “na Loja da Gazeta, impressas na Typographia da Bahia.”, ao preço de 320 réis o exemplar, a CARTA APOLOGETICA SOBRE A NECESSIDADE DE PRATICAR OS REMEDIOS PURGANTES EM TODA A SORTE DE FEBRES HERYSIPELOSAS: E NAS BELIOSAS, PODRES OU MALIGNAS NÃO SÓ SE DEVEM PRATICAR ESTES LOGO NO PRINCIPIO, MAS ALGUMAS VEZES ANTEPOR O VOMITORIO COM AS CONDIÇÕES QUE ACAUTELÃO OS PRATICOS: ESCRIPTA A HUM PROFESSOR DE ARTE AMIGO DO AUTOR. A Carta Apologética é de autoria de Antonio Soares de Macedo
Lobo, sendo publicada em Lisboa em 1780, sem o nome do autor. A Idade d’Ouro do Brazil, de 6 de março de 1812,
anunciava a impressão na Tipografia de Manoel Antonio da Silva
Serva, ao preço de 1600 réis: ELEMENTOS / DE / OSTEOLOGIA
/ PRATICA, / OFFERECIDOS / AO / ILLUSTRISSIMO SENHOR DOUTOR / JOSÉ
CORREIA PICANÇO, / Cavalleiro Professo, e Commendador da Ordem,
de Christo; / Cavalleiro da Ordem da Torre e Espada, Fidalgo da / da Real
Casa, do Conselho do Príncipe Regente Nosso Se- / nhor, seu Medico,
e Primeiro Cirurgião da Real Camara, / Lente Jubilado pela Universidade
de Coimbra, Cirurgião / Mór do Reino, e Conquistas, &c,
/ POR / JOSÉ SOARES DE CASTRO / Cavalleiro Professo na Ordem de
Christo, Cirurgião Mór, / do Real Hospital Militar. Lente
da Cadeira Regia de Ana- / tomia, e Operações Cirurgicas,
e Delegado do Cirurgião / Mór / dos Reaes Exercitos na Cidade.
e capitania da Bahia. / Bahia: ANNO M. DCCC.XII. / NA TYPOGRAPHIA DE MANOEL
ANTONIO / DA SILVA SERVA. / Com as licenças necessarias. ELOGIO PARA SE RECITAR NA ABERTURA DO REAL THEATRO DE S. JOÃO NO FAUSTISSIMO DIA 13 DE MAIO, NATALICIO DO PRINCIPE REGENTE NOSSO SENHOR, OFFERECIDO AO EXM. SR. CONDE DOS ARCOS. A Idade d’Ouro do Brazil, em edição de 2
de junho de 1812 anunciava: “Sahirão á Luz o Elogio,
que se recitou, e o Hymno que se cantou no Theatro de S. João da
Bahia no dia 13 de Maio de 1812, Dia dos Faustissimos Annos de S. A. A.
o Príncipe Regente.” |
|
ANO DE 1813 | |
Na edição de 20 de
julho de 1813, a folha Idade d’Ouro do Brazil notificava:
“AVISOS / Sahio á luz a 2ª parte do Curso de Anatomia,
composta pelo Lente da Cadeira Regia desta Sciencia, e Cirurgião
Mór do Hospital Real Militar, José Soares de Castro; o qual
promette igualmente dar á luz as partes seguintes, que já
tem arranjadas para se imprimirem, logo que, o expediente da Imprença
o permittir. Vende-se na Loja da Gazeta, ed na de Joaquim Marques Pessoa,
atraz da Sé, pelo preço de 1600 réis.” Em 1813, a tipografia de Serva imprimia DA FEBRE./. E / DA SUA CURAÇÃO./ EM GERAL, / OU NOVO E SEGUNDO METHODO / De curar facilmente, por meio dos acidos / mineraes, todas as especies de Febre; / PELO / DOUTOR / GOTOFREDO / CHRESTIANO / REICH, / traduzido do Alemão em Francez / pelo DOUTOR MARC. / Tirado em linguagem, e ampliado com anno./ tacões / POR / M. J. H. DE P./ BAHIA./ NA TYP. DE MANOEL ANTONIO DA SILVA SERVA. / ANNO 1813./ Com as licenças necessarias. Edição de 130 páginas. Apesar de datado de 1813,
a obra somente “sahio á luz” em 1814. |
|
ANO DE 1814 | |
A I , de 14 de abril de 1815 noticiou
a publicação da obra intitulada TRATADO DE ANATOMIA. DA ANGIOLOGIA,
PARTE III. POR JOSÉ SOARES DE CASTRO. Vendia-se na “Loja da Gazeta por 1600.” Segundo J. A. Pires de Lima, in “Como foi iniciado o ensino da Anatomia no Brasil.”, na parte III do Tratado de Anatomia , Soares de Castro definiu: “a parte da Anatomia, que trata dos vasos” ... que “são uns canais nos quais circulão os líquidos de toda a especie.” Trata das artérias, das veias e dos linfáticos, mas não descreve o coração” ... Cf. Castro, Renato Berbert de – Op. cit. |
|
ANO DE 1815 | |
MEMORIA SOBRE A EXCELLENCIA, VIRTUDES E USO MEDICINAL DA VERDADEIRA AGUA DE INGLATERRA DA INVENÇÃO DO DOUTOR JACOB DE CASTRO SACRAMENTO, ACTUALMENTE PREPARADA POR JOSÉ JOAQUIM DE CASTRO. POR MANOEL JOAQUIM HENRIQUES DE PAIVA. (13) Diz Renato Berbert de Castro, na sua monumental obra, que “No Catalogo Geral nº 2, de o Mundo do Livro, de João Rodrigues Pires, Lisboa, sem data , lê-se: “3024. HENRIQUES DE PAIVA (Dr. Manuel Joaquim), Memoria sobre a excellencia, virtudes, e uso medicinal da verdadeira Água de Inglaterra da invenção de Castro do Dr. Jacob Sarmento ... actualmente preparada por José Joaquim de Castro, na sua real fabrica, por decretos de Sua Alteza Real e Principe Regente N. S. ordenada Por M. J. H. de P. Impressa na Bahia na Typ. de Manoel Antonio da Silva Serva, no anno de 1815, com as licenças necessarias. 4ª edição. Lisboa na Imprensa Nacional, 1845, In-4º, de X pags.prels. e 56 pags. nums.. Br. 120$00.” A Idade d’Ouro do Brazil apontou em 17 de outubro de 1815 o TRATADO DE ANATOMIA. DA NEVROLOGIA, PARTE IV. POR JOSÉ SOARES DE CASTRO. Segundo Renato Berbert de Castro, J. A. Pires de Lima apresentou a seguinte crítica: “ ... na parte IV (Nevrologia), não descreve o sistema nervoso central.” Antes de enunciar este parecer, regista o ilustrado Pires de Lima: “Parece-me que ficaria incompleto o Tratado de Anatomia de JOSÉ SOARES DE CASTRO. Ao menos não conheço a sua descrição do sistema nervoso central, que não foi versado na parte IV , nem a Esplancnologia, nem a Estesiologia.” Consoante Sacramento Blake, di-lo Renato Berbert de Castro, Soares de Castro publicou uma quinta parte do seu Tratado de Anatomia, em 1829: “Da Splenchnologia.” No ano de 1815, a tipografia de Manoel Antonio da Silva Serva publicou:
MEMORIAS / PHYSIOLOGICAS, E PRATICAS / SOBRE / O ANEURISMA, / E A LIGADURA
DAS ARTERIAS. / POR / J. P. MAUNOIR, / Membro da Sociedade de Medicina
de Paris, da / Sociedade para o progresso das Arte, e da de / historia
natural de Genebra. / COM FIGURAS . / TRADUZIDAS, E OFFERECIDAS / AO ILLmo
. e EXmo. SENHOR / D. MARCOS DE NORONHA / E BRITO, / Conde dos Arcos,
do Conselho de S. A. R. , Grão-Cruz / da Ordem de Aviz, Gentil
Homem da Camara / do Serenissimo Principe da Beira, Marechal de / Campo
dos Reaes Exercitos, Governador e Capi- / tão General desta Capitania.
/ POR / JOSÉ SOARES DE CASTRO, / Cavalleiro Professo da Ordem de
Christo, Lente / de Anatomia e ce Medicina Operatória, Cirurgião
Mór / do Hospital Real Militar, e Delegado do Cirurgião
/ Mór dos Reaes Exercitos nesta Cidade e Capitania. Sacramento Blake cita a publicação MEMORIA SOBRE A ENCEPHALOCELLE.
POR MANOEL JOAQUIM HENRIQUES DE PAIVA, segundo informa Renato Berbert
de Castro. |
|
FINAL DA PARTE I:
– PROLEGÔMENOS CRONOLÓGICOS: (PERÍODO: 1811-1815) |
|
A SEGUIR: |
|
Notas e Referências | |
(1)
Pedro Gomes Ferrão Castelbranco, filho de Antonio Gomes Ferrão
Castello Branco, foi nomeado, pelo Conde dos Arcos, em 30 de abril de
1811, para dirigir a Biblioteca Pública da Bahia, e obteve, em
1814, a sua exoneração do cargo de administrador, sendo
substituído pelo padre Francisco Agostinho Gomes. |
|
(*)
- O biógrafo de Nabuco, Silva Carvalho, escreveu a “História
da Medicina Portuguesa – Expos. Port. de Sevilha, s/d.” que
é a fonte citada pelo Dr. Ordival Cassiano Gomes. A respeito do Dr. Manoel Fernandes Nabuco, consultar as seguintes fontes: (1).- Carta de D. Rodrigo de Souza Coutinho (*) para D. Fernando José de Portugal (**) comunicando ordem do príncipe regente que manda remeter o requerimento de Manoel Fernandes Nabuco, solicitando informações e parecer sobre o dito pedido, referente à promoção do posto de cirurgião-mor de Manoel Fernandes Nabuco e o pedido de curativos para os doentes da Casa de Misericórdia. Palácio de Queluz, 7 de dezembro de 1799. – Cf. Inventário procedido na matéria contida no vol. LXXXVII da coleção de Ordens Régias / 1796 – 1799. – Arquivo Público do Estado da Bahia – Anais – volume 57 – ano 2000 – vol. 87 – doc. 24. (2).- Carta de D. Rodrigo de Souza Coutinho para D. Fernando José de Portugal comunicando que S. M. em consideração a conduta de Manoel Fernandes Nabuco, no combate ocorrido no navio em que se transportava à corte, determinou que ele fosse protegido nas suas dependências e que fosse atendido na solicitação de emprego. Palácio de Queluz, 29 de abril de 1799. - Cf. op. cit. – vol. 89 – doc. 55. (3).- Carta de D. Rodrigo de Souza Coutinho para D. Fernando José de Portugal comunicando que S. M. mandou que lhe remetesse a petição inclusa de Manoel Fernandes Nabuco, determinando que ele fosse proposto para a serventia vitalícia de algum oficio, conforme requeridos e sob a condição de sua desistência de qualquer pretensão contra a Fazenda Real. Palácio de Queluz, 10 de maio de 1799. – Cf. op. cit. – vol. 89 – doc. 68. |
|
(*)
– D. Rodrigo de Souza Coutinho: S. M o nomeou secretário de
Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos, consoante
carta do Palácio de Queluz, de 6 de setembro de 1796. Cf. Arquivo
Público do Estado da Bahia – Anais – volume 57 –
Inventário da Coleção de Ordens Régias - 1796
– vol. – 81 - doc. 45. (**) – D. Fernando José de Portugal: Governador e Capitão-General da capitania da Bahia.Cf. op. cit. – vol. 77. doc. 53: Carta da rainha de Portugal para D. Rodrigo José de Menezes comunicando que fez a mercê do Governo da capitania da Bahia a D. Fernando José de Portugal, como consta na patente que mandou passar, como é de costume D. Rodrigo deverá dar-lhe posse, com a cerimônia costumeira. Lisboa, 15 de agosto de 1787. |
|
Voltar para História da Medicina |