HISTÓRIA DA MEDICINA artigo 62

NOTÍCIAS SINÓPTICAS – Parte IV

Grandiosos momentos no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da Bahia, no Largo do Terreiro de Jesus

Solene Intalação do Conselho Universitário e da Universidade da Bahia no Magnificente Salão Nobre da Faculdade de Medicina da Bahia, no Largo do Terreiro de Jesus

Dr. Antonio Carlos Nogueira Britto
Presidente do Instituto Bahiano de História da Medicina e Ciências Afins.
Fundado em 29 de novembro de 1946
 

Sábado, 1.ºde junho de 1946 –  Ás 16:00 horas, congregaram-se os membros eleitos do Conselho Universitário, os quais tomaram lugares nos assentos ao lado da mesa do esplendoroso Salão Nobre, Salão de Honre ou Salão dos “Actos” da Faculdade de Medicina da Bahia, no Terreiro de Jesus, em cerimônia soleníssima revestida da mais subida expressão, atopetando o suntuoso recinto seleta e  numerosa  assembléia constituída de professores das escolas de ensino superior, da mocidade acadêmica, representantes ilustres dos círculos da intelectualidade e da cultura no seio do estado da Bahia e de expoentes  personalidades da sociedade baiana.

Assumiu a presidência da sessão, marco inicial e memorável da novel magna Universidade, o professor Pedro Calmon, presidente da comissão organizadora da Universidade, criada pelo Decreto-lei federal n.º 9.155, de 8 de abril de 1946, firmado pelo presidente da República Eurico Gaspar Dutra  e pelo ministro da Educação e Saúde Ernesto de Souza Campos.

O secretário ad hoc da sessão, Dr. José Pinto Soares Filho, secretário da Faculdade de Medicina da Bahia, passou a ler as atas das reuniões das congregações e assembléias, onde foram eleitos os membros do Conselho. As ditas atas foram aprovadas, após as respectivas leituras. Em seguida, o professor Pedro Calmon reconheceu e declarou empossados os delegados do Conselho Universitário na seqüência que se segue: Escola Politécnica – diretor, professor Tito Vespasiano Pires; representante da congregação, professor Elísio Lisboa; Faculdade de Direito – diretor, desembargador Demétrio Tourinho; representante da congregação, professor Orlando Gomes; Faculdade de Medicina – diretor, professor Edgard Rego Santos; representante da congregação, professor Estácio de Lima; Faculdade de Filosofia – diretor, professor Isaias Alves; representante da congregação, professor Magalhães Netto; Escola-Anexa de Farmácia – diretor, professor Ferreira Gomes; Escola-Anexa de Odontologia – diretor, professor Lopes Pontes; Faculdade de Ciências Econômicas – diretor, professor Vasconcelos de Queiroz; representante da congregação, (curso superior de Finanças), professor Paulo Pedreira; docentes livres – engenheiro Gentil Marinho Barbosa; presidente do Diretório Central dos Estudantes - acadêmico Antonio Gomes Leal.   Ao depois, fizeram uso da palavra em nome de suas respectivas congregações, quando patentearam confiança nos misteres da Universidade da Bahia e consignaram manifestações de regozijo e congratulações pela instalação do Conselho os professores Estácio de Lima, em nome da Faculdade de Medicina da Bahia e Escolas-Anexas de Odontologia e Farmácia, Orlando Gomes, pela Faculdade de Direito, Tito Vespasiano Pires, em nome da Escola Politécnica, Paulo Pedreira, pela Faculdade de Ciências Econômicas, Isaias Alves, pela Faculdade de Filosofia, engenheiro Gentil Barbosa pelos docentes-livres, e o presidente do Diretório Central dos Estudantes, acadêmico Antonio Gomes Leal, o qual  apresentou proposta no sentido de fossem considerados feriados todos os 1.º de junho – “dia da fraternidade universitária.”

Tão logo todos os oradores acabaram de proferir suas falas, o professor Pedro Calmon deu a conhecer aos muito distintos circunstantes que se ia levar a efeito a eleição do reitor da Universidade da Bahia. Aos 14 membros do Conselho foram fornecidas cédulas em branco, as quais foram recolhidas logo após o final do escrutínio. Conhecida a votação, ficaram registados 12 votos para o professor Edgard Rego Santos, e 1 voto para o desembargador Demétrio Tourinho.

Em seguida, os membros do Conselho iniciaram o processo de eleição do vice-reitor, que exercerá igualmente a função de vice-presidente do Conselho. Obteve maior votação o desembargador Demétrio Tourinho, que obteve oito votos, recebendo votos também os professores Elísio Lisboa, Isaias Alves e Orlando Gomes. O vice-reitor recém-sufragado disse que a sua eleição significava uma  homenagem à Faculdade de Direito, da qual era diretor, agradecendo a sua eleição e patenteando  o seu compromisso de envidar os melhores empenhos junto ao trabalho que estava a se iniciar.

Dando prosseguimento aos trabalhos da sessão de instalação do Conselho Universitário, o professor Pedro Calmon informou que sobre a mesa se encontrava um exemplar do projeto dos Estatutos da Universidade da Bahia. Adiantou, ademais, que o Conselho, tão logo fosse formado, tinha o prazo de 60 dias, ou até o  dia 8 de junho vindouro para apresentar ao ministro da Educação o dito projeto, com o escopo de ser realizado o preciso exame e aprovação, ressaltando que o projeto em apreço resultou de pormenorizado e demorado estudo por parte de uma comissão, constituída pela mor parte dos membros do Conselho eleito. Sugeriu, por conseguinte, o professor Pedro Calmon que o projeto em tela fosse submetido a discussão final, para pronta aprovação. Aceitou-se a proposta, o projeto aprovado foi encaminhado ao ministro da Educação.

O professor Pedro Calmon comunicou estar de posse de requerimento da Escola de Belas Artes da Bahia, por meio do qual aquela escola de longa tradição no magistério, na cultura e nas artes na Bahia, solicitava, anexando a ata da sessão ordinária promovida pela corporação de docentes daquele egrégio estabelecimento, a incorporação da Escola de Belas Artes da Bahia á Universidade. A Escola em referência se comprometia, perante o Conselho, a satisfazer as exigências e obrigações legais, na possibilidade da sua integração, objetivando ajustar-se à disposição normativa exata da Universidade. No ensejo, o professor Tito Vespasiano Pires esclareceu, como professor também daquela Escola, que o referido estabelecimento de ensino mantinha três cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação, faltando somente a equiparação do curso de Arquitetura. O requerimento foi colocado em votação e aprovado unanimemente e recebeu da assembléia uma prolongada salva de palmas.

O professor Pedro Calmon comunicou que sobre a mesa ainda estavam dois outros requerimentos que tratavam da possibilidade do ingresso na Universidade, de uma escola de música, com o qual se ampliaria a infra-estrutura da educação e da cultura da nova Universidade. Os documentos em referência eram firmados pelo maestro Silvio Deolindo Fróes, diretor do Instituto de Música da Bahia, e do maestro Pedro Jatobá, diretor da Escola de Música da Bahia, tendo os mesmos indicados três nomes, da parte da cada instituição, em observância ao pedido formulado pelo presidente da Comissão Organizadora da Universidade da Bahia, os quais examinariam, sob a presidência do vice-reitor, as matérias concernentes à incorporação à Universidade, em diversos itens. O instituto de Música indicava como seus representantes o professor José Olimpio, o Dr. Agenor de Almeida e professor Conceição Bittencourt, preferindo a Escola de Música designar no momento adequado os nomes dos seus três professores. Após dar ciência ao Conselho dos ofícios em questão, externou sua confiança no sentido de haver uma fusão de interesses mútuos e proveitosos dos dois estabelecimentos de ensino.

Fez uso da palavra, em prosseguimento dos trabalhos da sessão, o professor Elísio Lisboa, que, em nome do Conselho, apresentou moção endereçada ao general Eurico Gaspar Dutra, presidente da República, e ao Dr. Ernesto Souza Campos, ministro da Educação, externando os aplausos e o reconhecimento do Conselho, pelas medidas benfazejas do governo da República, ao criar a Universidade da Bahia, com a qual se concretiza os anseios de gerações. A moção foi aprovada por unanimidade, após ser submetida a votação. Ainda o professor Elísio Lisboa apresentou outra moção à mesa propondo um voto especial do Conselho aos trabalhos dos professores Ignacio Azevedo do Amaral, Pedro Calmon,  Cesário de Andrade e Edgard Rego Santos, na condição de membros da Comissão Organizadora da Universidade, pelo serviço prestado a Bahia. A comissão aprovou a proposta por unanimidade, além  de outra, também exarada pelo professor Elísio Lisboa, pela qual se fazia menção destacada a contribuição dos professores Orlando Gomes e Jaime Junqueira Aires, representantes da Faculdade de Direito, na comissão elaboradora dos Estatutos da Universidade.

O professor Jaime Gama Abreu, professor da Escola de Música, requereu à mesa no sentido da dita Escola também firmasse as moções referendadas.

O acadêmico de odontologia Antonio Lomanto Junior, da União dos Estudantes da Bahia, leu um comunicado de intensa satisfação pela instalação do Conselho, cujas reivindicações ao Conselho nele encontrariam as soluções de determinados problemas dos universitários.


A SOLENÍSSIMA INSTALAÇÃO DA UNIVERSIDADE DA BAHIA NO POMPOSO SALÃO NOBRE DA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

OS DISCURSOS PRONUNCIADOS NA HISTÓRICA CERIMÔNIA NO SALÃO DE HONRA DA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

Ao visitar a Faculdade de Medicina da Bahia, a 2 de julho de 1946, durante a tarde, o ministro da Pasta da Educação e Saúde, professor Ernesto de Souza Campos, foi recepcionado pelo seu  insigne corpo docente, quando percorreu as instalações da Faculdade, tendo à frente os professores Eduardo Araújo e Magalhães Netto.
 
À noite, a Universidade da Bahia foi solenemente instalada no dia 2 de julho de 1946, às 21 horas, após a chegada à Faculdade do ministro da Educação e Saúde, professor Ernesto de Souza Campos, sendo recebido no saguão do vetusto estabelecimento pelas congregações reunidas das Escolas que se incorporaram à Universidade.

Ocuparam as cadeiras doutorais do esplendoroso salão nobre os membros do Conselho Universitário, trajando vestes solenes, o vice-reitor da Universidade do Brasil, o reitor da Universidade do Recife, o representante da Universidade de São Paulo, autoridades dos poderes estaduais e professores de diversas faculdades.

Em concorrida e festiva sessão magna no suntuoso salão nobre da Faculdade de Medicina da Bahia, onde na mesa de honra tomaram assento o ministro de Educação e Saúde, Dr. Ernesto de Souza Campos, que presidiu a memorável reunião; ao seu lado estavam o reitor da Universidade da Bahia, professor Edgar Rego Santos, o interventor federal interino, Dr. Altino Teixeira, o prefeito da capital, engenheiro Armando Carneiro da Rocha, o comandante da 6.ª Região Militar, general Candido Caldas, almirante Santiago Dantas, comandante do  2.º Distrito Naval, comandante da Base Aérea de Salvador, D. Augusto Álvaro da Silva, Arcebispo Primaz do Brasil, o diretor da Faculdade Nacional de Medicina, professor Alfredo Monteiro, o professor Isaias Alves, membro do Conselho Nacional de Educação, diretor da Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, professor Pedro Calmon, o presidente do Tribunal de Apelação, desembargador Oscar Dantas.

O ato de grande valor e mérito para a história cultural da Bahia, foi celebrado com pompa e magnificência, revestindo-se de grande brilhantismo, por coincidência feliz na data de 2 de julho, tão cara e tão importante para o povo baiano.

O belíssimo salão nobre estava literalmente coalhado de pessoas gradas, entusiásticas e seletas, escol da cultura e da intelectualidade, que ali acorreram para testemunharem os trabalhos da sessão magna da instalação que figurava entre as grandes e épicas jornadas da história da cultura da Bahia.

Abrindo as cerimônias da sessão solene no salão de honra da Faculdade, o ministro Ernesto de Souza Campos discorreu em derredor das primeiras universidades, e fez trazer à memória a Idade Média, e os vultos afamados de Petrarca, Dante e São Tomás de Aquino. Acrescentou que Colônia teve a prerrogativa de ter sido a primeira cidade universitária e Salerno, o primeiro núcleo de ensino médico. Ao depois, despontaram Oxford como a primeira formação universitária da Inglaterra, as da península ibérica – Valencia, Salamanca, Lisboa e Coimbra – e as da Alemanha, quando houve a “influência espiritual” de Goethe.

Nos últimos tempos, surgiram as universidades americanas e agora, as do Brasil. Disse Souza Campos que era um sonho de vinte anos a instalação da Universidade da Bahia, e que naquele salão nobre se sentia jubiloso no sucesso da fundação da novel Universidade.

Ao depois, o professor Edgar Santos, reitor da Universidade da Bahia, proferiu significativa alocução, enfatizando o esforço, a boa vontade e os elevados intentos do ministro Ernesto de Souza Campos, de quem esperava ainda toda a ajuda, acrescentando que laços mais estreitos entre as universidades concorrerão para que haja melhor compreensão entre professores e estudantes. Ao concluir seu discurso, prestou expressivas homenagens ao ministro Souza Campos, enaltecendo seu devotamento, tornando alta e grandiosa a dedicação do ministro.

O prefeito da capital, engenheiro Carneiro da Rocha, comunicou que era justo que a Prefeitura contribuísse de algum modo, para realização da Universidade, observando os escassos recursos do município, anunciando a doação de CR$ 2.000.000,00 - dois milhões de cruzeiros, em favor da recém criada Universidade.

Da mesma forma, o professor Álvaro Silva, secretário da Educação e Saúde do Estado da Bahia, anunciou a entrega da doação de dez milhões de cruzeiros para o fundo da Universidade da Bahia.

Manifestou, ainda, aquela sobredita autoridade o seu prazer pelo fato de tornar público o encaminhamento do projeto de criação do “centésimo de Educação”, consoante a sugestão do saudoso Américo Simas. Com a emissão de apólices para fins educativos, as instituições de ensino na Bahia serão beneficiadas. Naquele momento, o ministro Souza Campos convidou os circunstantes para uma homenagem ao interventor federal, que havia dado seu apoio á louvável iniciativa.

O secretário da Educação, professor Álvaro Silva, esclareceu aos presentes que a emissão do “centésimo da Educação será de 30 milhões de cruzeiros, dos quais 10 milhões serão destinados Á Universidade e 20 milhões a instituições do ensino primário, secundário e superior, além de estabelecimentos culturais, criando essa obrigação, o compromisso anual de 2 milhões e 400 mil cruzeiros.

O diretor da Faculdade de Filosofia, professor Isaias Alves, assumiu a tribuna para proferir discurso laudatório sobre a personalidade do ministro Ernesto de Souza Campos, e sua imensa dedicação à magna obra universitária no Brasil.  Disse do grande conhecimento dos assuntos educacionais pelo insigne titular da Pasta de Educação e Saúde, eminente realizador da Universidade da Bahia e do seu esforço em implementar ações dentro do meritório programa no governo do presidente Eurico Gaspar Dutra, que assinalava uma era nos elevados assuntos das ações do ensino no Brasil, sendo assaz notável a sua constância, firmeza e nobres intenções ao encaminhamento dos destinos universitários no País.

O ministro Souza Campos, um dos vultos de maior relevo do magistério e da cultura brasileira, recebeu, naquela oportunidade, o título de Professor Honorário da Universidade da Bahia, bem como o professor Pedro Calmon. O reitor Edgard Santo fez a entrega dos títulos aos agraciados.

O professor Paulo Artigas, representando a Universidade de São Paulo, fez uso da palavra para lembrar o esforço levado a efeito em benefício do ensino universitário na Bahia, quando reconheceu a união entre paulistas e baianos, fazendo menção especial aos ilustrados e ilustres coestaduanos nas atuações culturais e científicas em São Paulo, com palavras de encômios ao saudoso Oscar Freire, além de outros professores e cientistas de renome, laureados na Faculdade de Medicina da Bahia.

Seguiu-se fazendo uso da palavra, o professor Joaquim Amazonas, da Universidade do Recife, quando demonstrou o seu pensamento em favor do ensino universitário, exaltando o traço de união existente entre pernambucanos e baianos. Concluiu com expressões de felicitações ao reitor Edgar Santos e aos demais componentes do Conselho Universitário.

Discursaram ainda os representantes do corpo discente da Universidade da Bahia e do Diretório Acadêmico da Bahia, com palavras laudatórias sobre o patrimônio cívico, cultural e artístico da Bahia, ao lado de espírito universitário que está a se formar na Bahia.

O professor Alfredo Monteiro, diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro fez o elogio daqueles que lutaram pela concretização do ensino universitário, ressaltando o elevado espírito de cooperação em prol do dito ensino.

O professor Estácio de Lima, representando seus pares da Faculdade de Medicina da Bahia, exaltou a participação do ministro Souza Campos na formação da Universidade, salientado ser a Bahia celeiro de cultura e de civismo, e referiu-se a cada uma das Faculdades que compõem a novel Universidade.

A convite do ministro Souza Campos, o professor Pedro Calmon dirigiu-se à ilustrada e ilustre assistência com palavras de agradecimento ao título de Professor Honorário, proferindo bela alocução, afirmando que era conhecido e louvado o interesse do ministro Souza Campos pelo ensino universitário e pela criação da Universidade da Bahia. Lembrou que, após os festejos cívicos populares que celebram e homenageiam os heróis da Independência, reuniam-se autoridades de grande expressão, mestres, alunos e representantes da Bahia culta e fidalga para um espetáculo grandioso, quando apela ao ministro no sentido de que prossiga o esforço formidando em favor da Bahia, por seu progresso e seu prestígio na federação.

Encerrando a solenidade o interventor interino, Altino Teixeira, solicitou aos circunstantes ilustres que aclamassem o ministro Souza Campos “Cidadão da Bahia”, o que foi feito com prolongada salva de palmas, tendo o insigne titular da Pasta da Educação e Saúde agradecido e declara instalada a Universidade da Bahia.

 
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FONTES SECUNDÁRIAS IMPRESSAS

DOCUMENTOS HISTÓRICOS – Universidade Federal da Bahia – Departamento Cultural da UFBa. – 1971

BIBLIOTECA PÚBLICA DO ESTADO BAHIA
Seção de periódicos / Periódicos raros.

A TARDE, segunda-feira, 3 de junho de 1946.

A TARDE, terça-feira, 3 de julho de 1946.

DIÁRIO DE NOTÍCIAS, terça-feira, 2 de julho de 1946.

ESTADO DA BAHIA, quarta-feira, 3 de julho de 1946

O IMPARCIAL, quinta-feira, 4 de julho de 1946.

 
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