HISTÓRIA DA MEDICINA artigo 67

Nótulas sobre a “Bibliotheca” da Faculdade de Medicina da Bahia, no Terreiro de Jesus, no período de 1841 a 1909

Final - Anos de 1844, 1845, 1846, 1853, 1864, 1909

Dr. Antonio Carlos Nogueira Britto
Presidente do Instituto Bahiano de História da Medicina e Ciências Afins.
Fundado em 29 de novembro de 1946
 

ANO DE 1844

Sábado, 1º de junho – Lá pelas 10 horas da manhã de hoje, o lente de Anatomia, Dr. Jonathas Abbott13, assinou ofício para o diretor Almeida, participando que “de accôrdo com o Dr. Velho escolhi, e comprei para a Bibliotheca desta Eschola tresentos e vinte volumes medicos, constantes da lista junta, referendada pelo Bibliothecario; o que assim importa = 516$000rs. fica pago”
Contem livros preciosos de Medicina, de afamados autores, consoante está consignado na “Lista dos livros arrematados pelo Director Interino no Juízo d’Orfãos para a Bibliotheca da Escola, pertencentes ao casal do falecido Dr. Francisco de Paula Araujo e Almeida”. Assina a lista o Dr. Abbott e o Dr. Osório regista, com data de 30 de abril de 1844: “ficão recolhidos na Bibliotheca os livros acima  indicados.”
Cf. F.M.B. – Ibidem – Acesso: 01.06.05-462

À página 211v, do Livro de “Actas do Collegio medico-cirúrgico da cidade da Bahia,”, relativa ao ano de 1844,  verifica-se que ”Leo-se e passou egualm.te pr.a  discussão o parecer da Commissão encarregada de organizar um Regimento para a Bibliotheca da Faculdad.e”. 8

À pagina 219v,  do sobredito livro de atas, do ano de 1944, “O D.r Malaquias requereo que se pedisse ao Presidente da Provincia os livros medicos que existem na Bibliotheca Publica para serem colocados na da Faculdade.” 8

ANO DE 1845

Em petição, sem data, provavelmente de quarta-feira, 17 de dezembro, dirigida ao diretor da Faculdade de Medicina da Bahia, Prof. Dr. João Francisco de Almeida, Jozé Telles de Menezes “servindo, há perto de de trez annos  de Servente da Bibliotheca desta Faculdade, vencendo o pequeno ordenado de 500rs nos dias uteis, os quaes quase pouco ou nada lhe chegão para alimentar-se e sua familia, a vista da carestia de todos os viveres de primeira necessidade, como VVSas bem sabem, pois igualm.e  sã Páes e conhecem o q.to se gasta presentem.e só com o sustento diario; vem mui respeitosamente perante VVS.as implorar a graça de lhe elevarem a sua diária á 400rs, ou então de lhe concederem aquelle m.mo vencimento, em todos os dias do anno. 2

Quarta-feira, 17 de dezembro - O “bibliothecario”, Dr. Antonio José Osorio, assim informou a respeito do requerimento ao diretor Dr. João Francisco de Almeida: “Tenho a dizer que o Supp.’ José Telles de Menezes se acha empregado na Bibliotheca desta Escola, há mais de dous annos, e até o presente tem cumprido oseo dever. Quanto ao seo vencim.to , tenho a informar que percvebe 500r.s por dias de trabalho. Nada mais se me offerece a diser em abono do supp,’ ficando ao arbítrio de VVSSas  aumentarem ou diminuirem o respectivo vencim.to.”2

No mesmo dia, o diretor da Faculdade de Medicina da Bahia despachou, à margem esquerda da petição: “A Faculd.e concede os quinhentos reis com a obrigação de apresentar-se ao D.r Director todos os dias, em q’ não for aberta a Bibliotheca. B.ª em Congregação da Faculd.e de Medicina da B.ª 17 de Dezbr. De 1845.”

No frontispício do processo, o diretor exarou, na quarta-feira, 31 de outubro: “Informe o D.r Bibliothecario. B.ª em Congregação da Faculd.e de Medicina. “2

ANO DE 1846

Quarta-feira, 3 de junho – Nessa data, o diretor da Faculdade de Medicina da Bahia desde 1833, Dr. João Francisco de Almeida, (1796-1855), lente de Medicina Legal, sucedido pelo  Dr. Malaquias Alvares dos Santos, em 1855, nomeou “p.ª Bibliothecario da Escola de Medicina desta Cid.e ao D.r Luiz Augusto Villas-boas p.r se achar vago o d.o  Lugar.”2

Segunda-feira, 6 de julho – Reportando-se à nomeação sobredita, o governador da província da Bahia, Francisco José de Souza Soares de Andréa, ao depois Barão de Caçapava, em 14 de março de 1855, 14.º presidente, emitiu para o diretor da Faculdade de Medicina da Bahia  ofício de 6 de julho do dito ano, despachado do Palacio do Governo da Bahia,   exarado no seguinte teor: “Accusando a recepção do Officio de V. S.  datado de 4 do corrente mez, em que pareticipa ter essa Faculdade nomeado ni dia 3 do mesmo mez, em conformidade do artigo 10 da Lei de 3 de Outubro de 1832, o D.or Luiz Augusto Villas-boas, Bibliothecario da mesma Faculdade, por ter sido provido por Decreto de 20 do mez proximo passado no Lugar de Substituto da Secção Medica, o D.or Antonio José Ozorio, tenho de dizer-lhe em resposta, que á Thesouraria da Fazenda passo a faser a necessária communicação para os devidos assentamentos.2

ANO DE 1853

Terça-feira, 22 de fevereiro de 1853 – O “Director Interino” Dr. Jonathas Abbott, encaminhou ao presidente da província da Bahia, João Mauricio Wanderley, ao depois Barão de Cotegipe, em 14 de março de 1860, ofício da sobredita data, consignando pertinentes ponderações a respeito do propósito da sessão do Júri ser levada a efeito no “salão dos Doutoramentos” - (atual Salão Nobre), exarando o seguinte e consistente arrazoado: “Tenho a honra de participar a V. Ex.ª, que não obstante estar todo o edifício da Faculdade de Medicina em concerto urgente, e todavia em exames de preparatorios quotidianos, acha-se a sua Bibliotheca tomada para a sessão do Jury, e os exames dos Estudantes fazendo-se no Salão dos Doutoramentos, mas como consta que o Jury tenciona passar-se para esse salão, e não he possível faserem-se os exames de preparatorios em outra sala, por estar tudo em concerto; e attendendo a que todas as matriculas do 1.º  anno dependem desses exames, para a permissão de indigitar para as funçõens do Juty o edifício do Licêo, que está vasio, em férias, sem exames, o que offerece todos os commodos precisos sem que seja necessario suspender os exames da Faculdadfe já em andamento; tendo demais a certeza de que ao depois não chegará o praso  ...  nos Estatutos para as respectivas matriculas . A vista do que V. Ex.ª providenciará como for melhor.” 10

ANO DE 1864

Segunda-feira, 22 de fevereiro – O diretor da Faculdade de Medicina da Bahia, Dr.João Baptista dos Anjos, oficiou ao vice-presidente da província da Bahia, Conselheiro Manoel Maria do Amaral, no seguinte teor, respeitante a reparos da “Bibliotheca”: “Em cumprimento do officio de 20 do corrente, passo as mãos de V. Ex.ª, não só a copia do orçamento que fizera o Engenheiro Francisco Pereira de Aguiar para a reconstrução do amphitheatro anatômico, e reparos da Bibliotheca desta Faculdade, que a V. Ex.ª requizitava o Inspector da Thezouraria da Fazenda para poder na sua Repartição ser aprezentada aos licitantes que pretenderem arrematar as ditas obras, mas também a inclusa planta do referido Amphitheatro, anexa ao sobredito orçamento, que se torna indispensável a arrematação.”

Em 23 de fevereiro, o sobredito ofício foi despachado: “Off.o ao Insp.or da Thezour.ª  da Faz.da em 23 de Fevr.º 1964.” 11

ANO DE 1909

INAUGURAÇÃO DO BELO E MODERNO EDIFÍCIO DA NOVA “BIBLIOTHECA”, APÓS O GRANDE INCÊNDIO DE 2 DE MARÇO DE 1905,  OBEDECENDO OS TRAÇADOS DO ARQUITETO FRANCO-ARGENTINO VICTOR DUBRUGAS E INICIADO E EXECUTADO PELO AFAMADO ENGENHEIRO SANTAMARENSE, DR. THEODORO FERNANDES SAMPAIO

O ínclito e muito ilustrado lente substituto de terapêutica, Dr. José Eduardo Freire de Carvalho Filho, em sua prestigiosa Memória Histórica da Faculdade de Medicina da Bahia, nos anos de 1909 e 1910, obra registrada na biblioteca- arquivo da Faculdade de Medicina da Bahia sob n.º 00182, às páginas 73-74, assim dissertou em derredor da nova “Bibliotheca”: “Esta utilissima instituição que teve seu início em 1936 pelos esforços do então director desta Faculdade, Dr. Francisco de Paula Araujo, e de seus collegas de Congregação, nomeadamente o emérito Dr. Jonathas Abbott, tendo com o incendio de 2 de março de 1905 desapparecida por completo, já se acha devidamente reorganisada.

A actual Bibliotheca occupa o pavilhão que para ella foi construído, contendo os melhoramentos adotados em estabelecimentos congêneres. Este pavilhão tem sua frontaria p.ª a rua das Portas do Carmo e compõe-0se de três pavimentos, sendo um terreo ou casa destinada a guarda das duplicatas de obras existentes, folhetos, revistas e C.

O 1.º andar se compões de um corredor centrado, onde desemboca a escadaria de marmore que a elle dá acesso, tendo á direita as salas destinadas a leitura dos lentes e o gabinete do bibliothecario, a esquerda um grande salão onde acham-se instalados as estantes, que por suas disposições e dimensões occupam toda a altura desse andar e do segundo.

No segundo andar está o salão da leitura para os estudantes e para o publico. As estantes da Bibliotheca são de ferro e obedecem a systema inteiramente moderno. Ellas são divididas em quatro andares, separadas por soalho de vidro fosco e dispostas em sentido transversal ao salão formando seis secções  em cada andar e podem accomodar  cerca de sessenta mil volumes. Escada de ferro dão fácil acesso aos andares e um elevador facilita o serviço de entrega dos livros solicitados.

Em 30 de abril do corrente anno, 1909, foi sem nenhuma solenidade, franqueada aos Mestres, aos discipulos e ao publico, já contendo cerca de 12 mil volumes; 3 mil menos do que possuia quando desappareceu na voragem desse pavoroso incendio que nos roubou para sempre preciosidades de inestimavel valor.

Funcciona a Bibliotheca todos os dias úteis das 9 ás 3 horas da tarde e das 7 as 10 horas da noite nas segundas quartas e sextas feiras.

Todo o edifício, a prova de fogo, está provido de serviço d’agua, esgoto, illuminação electrica e a bico Awer – bastante claro e arejado.

Continuão a prestar seus bons serviços o bibliothecario Dr. Pedro Rodrigues Guimarães o sub-bibliothecario Dr. Raul Januário Cardoso Costa, o amanuense José Antonio de Britto, e mais empregados.

Por occasião de se franquiar a Bibliotheca foi collocada em uma parede da sala destinada á leitura dos estudantes, uma pedra de marmore branco com os seguintes dizeres: “A construcção da Bibliotheca foi iniciada sendo presidente da Republica o Dr. Francisco de Penna Rodrigues Alves e ministro do Interior o Dr. Jozé Joaquim Seabra e terminada a 30 de Janeiro de 1909 – Inaugurada a 30 de Abril sendo presidente da Republica o dr. Affonso Augusto Moreira Penna, ministro do Interior, o dr. Augusto Tavares de Lyra e director da Faculdade de Medicina o dr. Augusto Cezar Vianna.”  

Os dizeres desta pedra tendo dado lugar a justos reparos de lentes, de discipulos e até do publico por omissões sensiveis, a Directoria, para sanal-a accordou de mandar collocar na galeria do pavimento superior do edificio da Faculdade, aos lados da porta do gabinete Abbott, duas pedras, em uma das quais a do lado esquerdo se lê: - “Sendo Presidente da Republica Dr. Francisco de Penna Rodrigues Alves, Ministro do Interior Dr. Jozé Joaquim Seabra e Director da Faculdade Dr. Alfredo Britto foram iniciadas as obras do novo edificio da Faculdade sob a direcção do Engenheiro Theodoro Sampaio  e terminadas em 31 de Janeiro de 1909 sob a direcção do engenheiro Dr. João Navarro de Andrade sendo Presidente da Republica Dr. Affonso Augusto Moreira Penna, Ministro do Interior Dr. Augusto Tavares de Lyra e Director da Faculdade  Dr. Augusto Cezar Vianna – 1909”

Na pedra do lado direito estão gravadas, tambem em relevo, os seguintes dizeres: “As installaçções dos laboratorios dos novos edificios foram iniciadas sendo Presidente da Republica Dr. Affonso Augusto Moreira Penna, Ministro do Interior Dr. Augusto Tavares de Lyra terminadas e inauguradas sendo Presidente da Republica Dr. Nilo Peçanha, Ministro do Interior  Dr. Esmeraldino Olympio Torres Bandeira. Todos os laboratorios foram installados e inaugurados pelo Director Dr. Augusto Cezar Vianna – 1909

Manda a verdade e a justiça que se diga que para a reorganização da Bibliotheca muito concorreu o ex-director Dr. Alfredo Britto, bem como o illustrado substituto da 2.ª secção Dr. Gonçalo Moniz Sodré de Aragão, que foi incansavel na realização desse desiderato.

Após o incendio de 2 de março de 1905 o director Alfredo Britto nomeou uma commissão de lentes e alunos da Faculdade para com o bibliothecario tratarem da reorganização da Bibliotheca. Muitos foram os livros offerecidos por particulares promptos em acodir ao apello dessa commissão.

Os lentes que fizeram parte dessa commissão foram: os Drs. Anisio Circundes de Carvalho, Guilherme Pereira Rabello e Gonçalo Moniz Sodré de Aragão.” 12

 
IMAGENS
 
 
FONTES

FONTES PRIMÁRIAS – MANUSCRITOS ORIGINAIS E INÉDITOS

ARQUIVO DA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA,  NO TERREIRO DE JESUS / UFBA
MEMORIAL DA MEDICINA  BRASILEIRA:

1. - ACESSO: 01.06.05.45
2. - ACESSO: 01.06.05.46

“Livro de Actas do Collegio medico-cirurgico da cidade da Bahia -  Período - 1816-1855”
3. - p. 193
4. - p. 198
5. - pp. 199-199v
6. - p. 199v
7. - pp.200. 200-200v
8. - p.211v
9. - p.219v

ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA – GUIA DO IMPÉRIO – SÉRIE INSTRUÇÃO – ENSINO SUPERIOR – SEÇÃO DE ARQUIVO COLONIAL E PROVINCIAL:

CAIXA 1649 –
10.MAÇO  4047

CAIXA 1650 –
11.MAÇO4048

FONTE PRIMÁRIA IMPRESSA
FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA / UFBA

ARQUIVO DO MEMORIAL DA MEDICINA BRASILEIRA:

12. - “Memória Histórica da Faculdade de  Medicina da Bahia nos annos de 1909 e 1910, pelo Dr. José Eduardo Freire de Carvalho Filho, Lente substituto de Therapeutica.”
Obra registada no arquivo da FAMEB sob n.º 00182 – Páginas 73-77.

 
NOTAS

 – Cipriano Barbosa Betâmio (1818-1855) – Médico que ofereceu-se voluntariamente ao governo da província da Bahia para tratar os vitimados da cólera-mprbo, em Santo Amaro da Purificação, naquela província, e morreu heroicamente nas suas azáfamas humanitárias, a 5 de setembro de 1855, ao contrair a moléstia pestilencial. Natural da Bahia, graduou-se em Medicina em 1842, pela Faculdade de Medicina da Bahia.

 – João Baptista dos Anjos (1799-1871) – Lente jubilado de Higiene. Aprovado em cirurgia pelo Colégio Médico-Cirúrgico da cidade da Bahia em 1827. Formado em cirurgia pelo mesmo Colégio, em 1827. Do Conselho do Imperador e Diretor da Faculdade (1857-1871). Para estipendiar seus estudos de Medicina, exerceu as funções de sacristão da Catedral e porteiro do Colégio Médico-Cirúrgico.

 - Francisco Marcellino Gesteira (1796-1875) – Lente de Partos, Moléstias de Mulheres Pejadas e Paridas e de Meninos recém-nascidos. Cirurgião aprovado e formado pelo Colégio Médico Cirúrgico da cidade da Bahia, em 1820. Secretário do Colégio Médico-Cirúrgico (1826-1829).

 – Antonio José Ozorio (1816 (1817) –1868) Lente de Farmácia. Natural de Salvador, Bahia, graduou-se em Medicina, em 1839, pela Faculdade de Medicina da Bahia. Bibliotecário da Faculdade (1839).

 – Antonio Policarpo Cabral (1789-1865) – Lente de Clínica Interna. Graduou-se em Medicina pela Universidade de Coimbra. Lente de Química Médica, por concurso, em 1831, intitulada “Nomenclatura Química, 1831”, que foi o primeiro realizado na Faculdade de Medicina da Bahia. Lente de Princípios Elementares  de Mineralogia. Proibiu, com o apoio da Congregação,  o uso das apostilas pelos alunos.

 – Francisco de Paula Araujo e Almeida (1799-1844) – Lente de Fisiologia. Baiano, foi dos primeiros alunos do Colégio Médico-Cirúrgico. Cirurgião aprovado em 1820; formado em cirurgia no mesmo ano. Formado em Medicina pela Academia de Bolonha; Lente interino da cadeira de Farmácia e Matéria Médica, em substituição ao Dr. Manoel Joaquim Henriques de Paiva; ao depois, nomeado lent de Fisiologia, vaga pela aposentadoria do seu titular, Prof. Manoel Jozé Estrella; Diretor da Faculdade (1836) e releitos para os dois subseqüentes triênios.

 - Elias Jozé Pedroza (1808-1887) – Lente de Anatomia Geral e Patologia (1855) - Baiano e Itaparica, cirurgião aprovado pelo Colégio Médico–Cirúrgico da Bahia (1828) e formado pelo mesmo Colégio, em 1829; graduou-se em Medicina, em 1937, pela Faculdade de Medicina da Bahia.

 - João Antunes de Azevedo Chaves (1805-1873) – Lente de Clínica Externa (1833-1861).

 - Jozé Vieira de Faria Aragão Ataliba (1804-1853) – Lente de Patologia Interna. Baiano, colou grau em Medicina pela Universidade de Coimbra, em 1827.
Provedor da Saúde do Porto e presidente da Comissão de Higiene Pública da preovíncia.

 – João Jacinto Alencastre (1802-1868) – Lente de Operações (Lente de Anatomia Topográfica, Medicina Operatória e Aparelhos (1840-1861).

 – Manoel Mauricio Rebouças ( 1800-1862) – Lente jubilado de Botânica e Zoologia (1833-1861).  Baiano de Maragogipe. Colou grau em Medicina pela Faculdade de Paris, em 1831.

 – Malaquias Alvares dos Santos (1810 (1816) – 1856 – Lente de Medicina Legal. Baiano de Itaparica. Colou grau em Medicina, em 1939, pela Faculdade de Medicina da Bahia. Lente proprietário de Medicina Legal, em virtude das reformas do ensino médico. Foi o primeiro historiador da Faculdade de Medicina da Bahia, em 1855, referente aos principais acontecimentos em 1854.

 - Jonathas Abbott  (1797-1868) - Lente de Anatomia Descritiva. Natural de Kennington, distrito de Lambeth, Londres. Chegou à província da Bahia, aos 16 anos, em 1812. Naturalizou-se brasileiro por Decreto de 31 de outubro de 1821. Cirurgião aprovado pelo Colégio Médico-Cirúrgico da Bahia, em 1820 e cirurgião formado, em 1821. Graduou-se em Cirurgia pela Universidade de Palermo. Em 1935, graduou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia. Lente substituto da cadeira de Anatomia do Colégio Médico-Cirúrgico da Bahia, em 1825; vice-diretor, em 1837 e diretor interino da Faculdade em diversos exercícios. Fundou um magnífico gabinete de anatomia, que levou o seu nome com o seu falecimento. Cirurgião da Casa da Santa Misericórdia; do Conselho de S.M. o Imperador

 - Joaquim de Souza Velho (1800-1872) – Lente de Terapêutica e Matéria Médica. Lente substituto da Seção Médica (1833); Lente, por concurso, de Farmácia, Matéria Médica. Jubilou-se em 1861.

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